Diferente do vegetariano, que foca sua alimentação em vegetais, mas permite a inserção de derivados do leite, por exemplo, o veganismo é mais radical e abole de seu cardápio qualquer alimento que tenha procedência animal. Naturalmente isso inclui as carnes vermelhas e brancas, mas também queijos, iogurtes, manteigas, ovos e mel, dentre outros alimentos.
Mesmo sendo uma alimentação mais rica em nutrientes e aparentemente mais saudável, é preciso o acompanhamento de um nutricionista para realizar a transição da dieta que incluía proteínas animais, para outra que precisa substituir os nutrientes para que não haja nenhum déficit no organismo.
Muito além de uma ação em prol da sobrevivência, a alimentação é um estilo de vida. Nossas escolhas pessoais e conceitos sobre a vida e o mundo estão presentes em nossa rotina alimentar, que acabam gerando consequências benéficas ou maléficas a nossa saúde.
A alimentação vegana faz parte de um conceito de integração com o meio ambiente, procurando não ingerir de forma alguma, qualquer tipo de alimento que tenha se submetido a confinamentos, maus tratos e dor.
A alimentação mais colorida e viva, longe de produtos industrializados e que prima pelo consumo de vegetais orgânicos, tem causando muita discussão e um forte impacto a sociedade. Seu crescimento já começa a refletir na pecuária e a Organização Mundial da Saúde engrossou o debate ao incluir o bacon e embutidos no mesmo roll que o cigarro, de produtos maléficos a saúde.
O veganismo surgiu no auge do sucesso dos fast foods e também junto com as descobertas de quanto eles eram prejudiciais para a saúde. Ao ponto de o índice de pessoas obesas, incluindo crianças, passar a ser considerado como epidemia e doenças cardiovasculares matarem mais do que qualquer outra no mundo. E boa parte da causa dessa elevação é pela má alimentação.
Mesmo acreditando na causa, não é qualquer pessoa que se sente apta a cortar carnes e derivados de sua alimentação. O desafio é grande, inclusive unindo todos os esforços para que a comida se mantenha interessante e saborosa diariamente, sem cair na rotina e nos sabores insossos.
E quando muita gente procura ajuda médica acaba encontrando médicos despreparados para orientar adequadamente o paciente em sua fase de adaptação. Muitos não veem com bons olhos essa troca de alimentação e não conseguem dar as orientações adequadas.
Antes de qualquer coisa não tente substituir as carnes comendo somente saladas. E nem acredite que comer muito queijo ou massa pode proporcionar as calorias que havia nos alimentos cortados. As carnes são melhor substituídas por feijões, ervilha, lentilha e grão de bico, que apresentam um tipo de caloria mais saudável e rico em nutrientes como o ferro e zinco.
Quando se pensa em cortar carnes do menu, logo se acredita que não haverá mais ingestão de proteínas e que isso poderá causar problemas ao organismo no futuro. Na verdade, o próprio feijão oferece a proteína necessária diária, sem nenhum dano.
Não há restrição para se tornar vegano. Ao contrário, há muita gente que tem alergias ao ovo, leite e seus derivados, que acabam optando por esse tipo de alimentação para não ter reações físicas.
Como ser vegano é mais do que uma escolha de tipo de comida; é muito importante se informar sobre isso. O veganismo não é senso comum e o mercado está abarrotado de produtos industrializados e com carne e derivados como base. Culturalmente, foi passado de geração para geração que a carne é fundamental para uma boa alimentação, o que faz com que muita gente nem se imagine cortá-la do cardápio.
No começo, procure o apoio de amigos veganos, para ter estimulo para continuar com suas escolhas. Eles também serão perfeitos para orientar, tirar dúvidas e trocar receitas.